domingo, 16 de fevereiro de 2014

O CONTEXTO DA LAVAGEM

Tradicional em boa parte da Bahia, as lavagens de escadarias de igreja são históricas por representarem contextual historicamente, a presença de colonos e escravizados na região, a hierarquia de mandos presentes na ordem imposta pelos senhores de engenho que ao mandavam seus escravizados lavarem as escadarias das igrejas para o culto aos seus santos católicos. Como a nosso história jamais se apaga da memória os africanos aproveitavam a oportunidade para cultuar Oxalá. Reza a lenda que ele foi sujo de azeite e carvão por Exu e confundido como ladrão pelos soldados de Xangô. Este, ao perceber o erro,  pediu perdão e i chamou para ser lavado.
As noticias que temos sobre a primeira lavagem nos diz que foi a do Senhor do Bonfim, no final do século XVIII, contam que os portugueses, no século da Irmandade dos Devotos Leigos do Senhor do Bonfim, faziam com que seus escravizados lavassem a igreja para a festa no domingo. Em São Braz, a lavagem geralmente acontece no segundo domingo do mês de janeiro. Mais especificamente, além da reverência à Oxalá, as pessoas pessoas ainda reverenciam Oxum, na fonte, denominada, "fonte de Kau". Segundo os moradores em um dado período era nesse local que se buscava água para a lavagem que acontecia na igreja principal, hoje em ruínas. Mantendo a tradição a lavagem passou a acontecer no cruzeiro que existia na Praça João Borges. Com a construção da nova igreja na década de 50, as baianas passaram a lavar a sua porta, já que não há escadarias.

Baianas no cortejo

Reverencia à dona das águas doce em redor da fonte


Cortejo chegando na frente da igreja


SAMBA CHULA DE SÃO BRAZ

Agregador de diferentes elementos que nos remetem à ancestralidades, às origens, o Samba Chula de São Braz é o carro chefe das manifestações culturais do povoado, levando São Braz a ser reconhecido e lembrado no mundo inteiro. Enquanto herança cultural já podemos pontuar a forte presença angolana pois o samba é originário do "Semba", vindo de Angola e disseminado no Brasil pelos nossos ancestrais africanos. A formação da roda  também nos remete a essas origens, pois a formação de "rodas", também é uma  tradição angolana herdada por nós. O uso de violas que é um instrumento português também nos remete à ancestralidades. Existe no samba chula um ritual associado aos versos cantados, enquanto uma dupla de cantadores canta a chula, a outra junto com as mulheres responde o verso menor, configurando esse panorama de mini versos poéticos que falam de amor, da realidade local.  Em São Braz, Sr. João do Boi,  juntamente com todos os "profissionais da Chula" cantam muito a realidade dos pescadores e das mulheres que vão ao samba.
Para aqueles que dizem não entender o que é cantado, vamos conferir neste vídeo o que é dito por Sr. João do Boi:


Viram? Vamos agora apreciar os passos e encantos ritmitos desse riquíssimo patrimônio cultural de São Braz com as imagens desse belíssimo samba. 

"Uma viola, palmas, atabaques, 
  um namoro, uma valentia,
  isso é o samba de roda,
  cantado em Santo Amaro da Purificação."
 (Maria Bethânia)
  
Apresentação no bar de Fernando

Sambadeiras cantando

                                                                                                               Tradicional umbigada                    


Formadores do grupo em São Braz

ATIVIDADES DO POVO DE SÃO BRAZ


Oi gente!

Como nosso blog fala de ancestralidade em São Braz e tudo que aqui colocarmos teremos que fazer pensando em nossas heranças culturais, comportamentais, culinárias, dentre outras, é que temos aqui que ressaltar a forma como vivem e se mantêm, na atualidade, as pessoas, famílias, do povoado.
Pelo que podemos observar o trabalho desenvolvido em São Braz é basicamente o da pesca, comércio dos produtos obtidos na maré e trabalho artesanal. Nota-se que os homens saem cedo para a pescaria e as mulheres vendem, na feira de Santo Amaro, os produtos os peixes e mariscos obtidos. O trabalho artesanal que pode ser observado é o da confecção de palitos para churrascos e queijinhos,  utilizando o bambu para a confecção deste. 


Balaio de camarão seco.

Marisqueira tratando siri



Muito comum em São Braz é ver, principalmente à tarde, os pescadores  cosendo a rede, seu principal instrumento de trabalho que tem suas representações entre os diferentes grupos como os indígenas e africanos.
Homem cosendo a rede de pesca

Cena comum entre os pescadores e seus descendentes em São Braz.



terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS DE SÃO BRAZ


Forte e rico é o quadro de manifestações culturais de São Braz. Ainda é possível ouvir dos moradores o quanto eram animadas as brincadeiras do Bumba-Meu-Boi ou Boi Janeiro,  Lindro Amor ou Esmola Cantada, o Terno de Reis, Caretas, Festa da Mentira e brincadeiras de rodas, muitas embaladas ao samba que também é uma rica tradição do povoado. Contextuais históricas muitas dessas tradições são seculares e apontam para o legado cultural dos diferentes grupos que povoaram a região, outras, foram criadas pelos moradores em torno de alguma data comemorativa ou para a devoção aos seus santos como o Caruru dos Cachorros, feito por uma senhora que morava no povoado, que tem filhos e netos que ainda vivem no local.

Como vimos São Braz foi um engenho, provavelmente do final do século XVII, início do XVIII, sendo assim houve presença de escravizados, indícios de suas manifestações culturais, como a lavagem da igreja de Nosso Senhor São Braz e as Caretas podem tornar evidentes esse fator. Sendo assim, passaremos a analisar algumas das tradições culturais de São Braz, relacionando-as com seus possíveis grupos formadores. Vamos antes de discutir mais, ouvir a entrevista de uma moradora do povoado.

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CARETAS
Caretas-Manifestação Cultural de Acupe e São Braz




Perpetuação de tradições ancestrais


Partindo do entendimento que, no período colonial, as divisões territoriais não aconteciam como vemos hoje, pudemos ver em São Braz e ainda se vê, em Acupe, distritos separados na atualidade por limites geográficos, as Caretas. Tidas como uma forma de manifestação de grupos africanos escravizados no período do Carnaval, os tipos de caretas, as formas de dançar e pular tinham sempre o objetivo de assustar. É muito provável que essas tradições tenham uma relação com as máscaras, utilizadas no Egito antigo, em rituais fúnebres. SERIA POSSÍVEL VERMOS ESSA BRINCADEIRA DE VOLTA À SÃO BRAZ? 

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LINDRO AMOR OU ESMOLA CANTADA

Lindro Amor

Originário da expressão colonial "Lindo Amor", o "Lindro Amor" teve sua origem no período de escravização. Os escravizados, com permissão de seus senhores para realizar suas festas, saiam às ruas com cantorias e arrecadando dinheiro. A forma como o Lindro Amor acontecia, com as mulheres usando saias rodadas saindo de porta em porta, cantando e dançando e os homens batucando, não mudou, porém este ganhou conotação católica. Segundo D.Odete S. quando era realizado em São Braz, tinha a finalidade de arrecadar dinheiro para o caruru de São Cosme e São Damião de D.Praxedes, senhora que deu início a essa manifestação no povoado,  mãe de D. Doralice S organizadora da lavagem local.

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BUMBA-MEU-BOI


Sr. Messias cuidando do Boi



Saída do Boi para atrair as pessoas do povoado para evento do Mentirosos
Pessoas da comunidade acompanhando o Boi


Quem é ou já passou por São Braz e viu a capoeira, a reza de São Roque, deve se lembrar bem desse antigo cuidador do Boi. Srº Messias, filho da terra, levou à frente por muitos anos essa tradição. Acredita-se que a brincadeira do Bumba-Meu-Boi, ou Boi Janeiro, como também é conhecido em São Braz,  foi originária do Nordeste no século XVII, durante o Ciclo do Gado. Historiadores contam que criadores de gado da época tinham escravizados, fator evidenciado em sua lenda que narra a história de um casal de escravizados cuja esposa tinha muito desejo de comer língua de boi. Seu marido para atendê-la, matou o boi mais bonito de seu Senhor, que por sua vez ao perceber o fato chamou curandeiros e pajés para ressuscistá-lo. COMO VIMOS, NÃO SOMENTE ESCRAVIZADOS ESTÃO PRESENTES NA LENDA DO BOI, ASSIM COMO NÃO SOMENTE ESCRAVIZADOS ESTIVERAM PRESENTES EM SÃO BRAZ. EXISTIU OU EXISTEM CURANDEIROS EM SÃO BRAZ?


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FESTA DOS MENTIROSOS



Apresentação de artista local com temática de agricultor

Apresentação teatral organizada por Peti e Vinha, filhos de São Braz.


Quem ai já ouviu alguém dizer: -isso é conto de pescador! Pois é, foram eles, os pescadores de São Braz que, contando suas mentiras, criaram a Festa dos Mentirosos. Dirigida pelo Sr. Messias Pereira, aquele que vimos cuidando do Boi, a 21ª edição aconteceu ano em abril de 2013. Há vinte e um anos esse tradicional evento reuniu os moradores locais, sempre no mês de abril. Abriam-se as inscrições e, aquele que contasse a melhor mentira era o vencedor. Não valia contar casos, ou fingir, tem que ser uma mentira. Como não podia faltar à tradição nos festejos de lugares históricos, em toda festa dos Mentirosos mata-se um boi para fazer o churrasco que é distribuído entre os participantes.


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CARURU DOS CACHORROS

Caruru- Oferenda para santos católicos e divindades da religião de matriz africana. 


Tradicional em Angola, o "Calulu", para nós "Caruru", está presente até hoje em rituais de oferendas à santos católicos como São Cosme e Damião e à divindades do candomblé como os Erês e Iansão. Curioso mesmo foi saber que existiu em São Braz uma senhora que oferendava caruru para os cachorros em devoção à São Roque, associado por muito tempo ao orixá Obaluaê. Alguns moradores, com faixa etária entre 80 a 30 anos, dentre eles Júnior(Bahia) e Sr. Messias P., lembraram e narraram como acontecia o ritual. Segundo eles os cachorros, com seus respectivos donos, de forma pacífica, comiam seu caruru em pratos individuais. Quando os cachorros terminavam de comer, a Srª responsável pela oferenda, limpava suas bocas com um pano, assim como acontece com os 7 meninos que eram colocados em roda para comer a oferenda( coloco a frase no tempo passado pois podemos dizer que também essa forma de oferecer o caruru vem sendo extinta). A relação de São Roque com o cachorro se deu pelo fato de que, ao cuidar dos doentes acometidos pela Peste Negra, o santo também adoeceu, isolado, era alimentado por um cachorro, que roubava pães para levar até ele. Intrigante e questionadora é essa relação do caruru, vindo de Angola, onde acredita-se que, ao menos no período colonial, a religião não era católica, com um animal ligado ao santo católico. VAMOS REFLETIR SOBRE?

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REZA DE SÃO ROQUE

Altar de São Roque na casa de Sr. Messias

Assim como o caruru, tradicional também em São Braz é a reza de São Roque. Manifestação cultural e religiosa levada à frente pelo Sr. Messias Pereira que, ao realizá-la une a reza católica para São Roque com elementos do candomblé, com a distribuição de pipoca oferecida à Obaluaê. Como não poderia faltar ao final da reza e distribuição de pipoca, acontece o tradicional samba de roda, com a apresentação do Samba Chula de São Braz. Pura riqueza cultural!!!!!!!!!
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TERNO DE REIS




Terno de Reis


As tradições católicas, religião propagada pelos povos romanos na península ibérica, mais especificamente em Portugal, se fixaram de maneira bem representativa nas cidades brasileiras, sobretudo as mais importantes para a colonização. 
Celebrada entre os dia 24 de dezembro a 06 de janeiro, data consagrada aos santos Reis, essa manifestação faz referência ao nascimento de Jesus e a visita dos reis magos ao presépio em Belém. Acredita-se que a folia de Reis, teria vindo para o Brasil na primeira metade do século XVI, aproximadamente 1534, trazida pelos Jesuítas e utilizada para catequizar índios e escravizados. as cantorias, usos de instrumentos que remontam aos nossos ancestrais, como a viola portuguesa por exemplo, a folia de Reis se dá em forma de cantorias, com bastante alegria. Atualmente é possível assistir à folia de Reis na sede, em Santo Amaro.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

IGREJA DE SÃO BRAZ







Oi gente!! Tudo bem?







Vocês sabiam que existem no Arquivo Municipal de Santo Amaro, documentos que indicam que houve a realização de missas e batismos, talvez dos pais ou avós de vocês, nos séculos XIX e XX na capela edificada que se encontra em ruínas? Quem é de São Braz sabe de qual capela estou falando, para quem não é pode conferir nas fotos abaixo. Um autor chamado Carlos Ott (1996, p.44) escreveu que essa capela foi construída no século XVII, entre 1680-1690, por Lopo de Albuquerque da Câmara com os dízimos negados ao governo pela produção de aguardente. Olha! Ai fica a pergunta: estávamos bem no período da escravidão, será que ainda tínhamos indígenas em São Braz? Será que foram os escravizados que construíram sozinhos a igreja, será que os jesuítas ajudaram? Não vale achar, tem que pesquisar!!!!!

Foto 1-Ruínas da igreja de São Braz


Foto2- Ruínas da Igreja de São Braz em Santo Amaro-Bahia.

Foto 3-Igreja de São Braz ontem e hoje.

Foto-4 Ruínas da Igreja de São Braz mais planta da igreja.





HISTÓRICO DO POVOADO

SÃO BRAZ: do Engenho ao Povoado

Localidade pertencente à Santo Amaro, na Bahia, fica situado na região da Patativa, área de terra extensa onde se localizou alguns engenhos da região. Dizem os moradores mais antigos que este nome, do santo protetor da garganta, foi dado ao povoado, devido ter sido encontrado na maré sua imagem . Dizem mais, segundo alguns deles a imagem original foi levada para Roma, a que se encontra atualmente na localidade, existente desde a época da igreja secular que esta em ruínas, é semelhante ao de Nosso Senhor Santo Amaro, santo de devoção dos santo-amarenses e que dá nome à cidade.
Pelos registros documentais, sobretudo os que indicam hipoteca do Engenho, estima-se que essa localidade date do final do século XVII.
 Muitos de seus moradores, sobretudo os mais antigos, com mais de 80 anos que tiveram pais e avós nascidos também em São Braz, tinham dúvidas em relação a ele ter sido ou não um engenho, porém segundo Carlos Ott, em seu trabalho sobre mapeamento do recôncavo através dos engenhos,  fazendo referência a documentos de dívidas dos proprietários dele, em 1788, foi este "engenho corrente e moente" hipotecado com todas as suas fábricas e acessórios". Também há indícios, em documentos encontrados no arquivo do município de Santo Amaro de que a Baronesa do Rio Fundo morreu no século XIX, em seu engenho de São Braz.
Segundo dados do IBGE de 2010 confrontados aos levantamentos da Secretaria de Saúde do Município, existem atualmente na localidade cerca de 1085 moradores. Curioso mesmo é viver, mesmo que provisoriamente, em São Braz. Terra de gente muito acolhedora e hospitaleira é perceptível a força dos laços de parentesco que se perpetuam ao longo de muitos anos, a gagueira na fala, comum a muitos deles, o gosto pelo  marisco, pelo reggae e o sentido de irmandade entre as pessoas.

Essa forte relação entre as pessoas permite que exista no local um respeito aos mais velhos, a perpetuação de hábitos seculares ligados aos grupos de origem, a prática da pesca, da coleta, as trocas de produtos, o trabalho manual. Embora extintas na prática mas muito presentes no imaginário das pessoas São Braz foi palco de muitas manifestações culturais referentes a datas festivas como carnaval, dois de julho, e à lavagem, festejo que continua a acontecer na atualidade porém com algumas modificações como conta os que vivenciam a festa a muito tempo.

E se estamos falando de ancestralidades, temos que chamar a atenção para os traços culturais de seus possíveis grupos formadores ainda presentes na localidade. Sabemos que os formadores das cidades coloniais foram os índios, tidos como "donos da terra", os africanos e os europeus. Mas vocês já pararam para se perguntar quais índios,africanos e europeus? Será que eram todos uma coisa só? Será que herdamos alguma coisa deles? Vamos analisar algumas características deles para que possamos todos juntos responder.

GRUPOS INDÍGENAS

Estudiosos sobre Santo Amaro Como Zilda Paim e Tomaz Pedreira, falaram sobre os indígenas que existiam na região no período colonial, muitos mortos na guerra do "Peroaçu", comandada por Mem de Sá, terceiro Governador Geral do Brasil. Dessa forma foram, segundo eles, os Aimorés, Pitiguaras, Cariós e Caetés, os indígenas que em Santo Amaro viviam.  

CARACTERÍSTICAS

Quem aqui saberia dizer como cada um desses grupos se comportavam especificamente? - É para responder!

Sabemos que no geral os índios eram ou ainda são, caçadores, coletores, que pescavam, caçavam, realizavam derrubada  e queima das matas para o melhor plantio. Artesão, produziam ou produzem cestas de palha, redes de pesca, canoas, arco, flecha, peneiras. Tinham seu chefe religioso, o pajé, eram solidários uns com os outros e retiravam da natureza o necessário à sobrevivência. 

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AFRICANOS

Se falar de grupos indígenas é falar de muita gente, imagine africanos? Imaginaram? Pois é, a presença desses povos para escravização, em dado momento junto com os índios, posteriormente sozinhos,  foi muito forte e múltiplo, que temos que dedicar também longos anos de pesquisa para podermos afirmar com propriedade cada uma de suas características e percebê-las em nosso cotidiano. Parece difícil? Pode ser, mas não é impossível. Segundo estudiosos os africanos que estiveram em Santo Amaro faziam parte de diferentes grupos.

MALÊS

Eram povos praticantes da religião de Maomé, a religião do livro. Muitos deles tinham comportamentos bem pontuais.

Os Mandingas

Eram garimpeiros, astrônomos, ferreiros, plantavam amendoim, mandioca, arroz, milho e batata doce, musicistas construíam instrumentos musicais.

Os Fulanis ou Fulbe 

Eram povos que escravizavam também, para além disso eram pastoreios e comerciantes.

Os Haussas

Viviam em aldeias, tinham a crença em um único Deus, supremos e acreditavam na presença de muitos espíritos. Lidavam bem com os metais, fabricando facas, machados, flechas, lanças e outros utilizados na cozinha. Eram vaqueiros, barbeiros, cavaleiros, agricultores, veterinários, lavradores, caçadores, tecelões. Produziam bolsas, sapatos, almofadas.

Os Tapa

Eram povos agricultores.

OUTROS GRUPOS AFRICANOS
JEJES

Criaram irmandades no Recôncavo, além disso, cultuavam os ancestrais voduns.

NAGÔS

Foram responsáveis pelo culto aos orixás através da religião do candomblé, sua economia se baseava na caça e na pesca, falavam Yourubá e cultuavam o candomblé de egum.

MINAS

Eram tidos como povos rebeldes e trabalhavam na mineração.

BANTOS

Tão importantes quanto os demais grupos, foram eles que introduziram a capoeira e o samba na Bahia. Além disso eles também caçavam e pescavam, lidavam com a metalurgia.

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IBÉRICOS

Localizados na península ibérica,  esses povos também são parte de um contexto de mistura às quais temos características mais generalizantes. Presentes na península em um período de guerras por conquista e reconquista, estavam entre eles também, grupos africanos, romanos, germânicos. Eram eles:

CARTAGINESES, VISIGODOS, MOUROS E ROMANOS

Deles herdamos a prática de cultuar deuses em templos, as muralhas, a língua latina. Eram ferreiros, o arma de ferro era instrumento de poder. Dominavam as técnicas de construção civil, com construção de casas de tijolo cobertos com palha. Foi dos ibéricos que herdamos a prática de salgar os peixes e embutir alimentos. Foram eles que criaram a classe da nobreza. Também trouxeram as nozes, pêssegos, cerejas e romãs, produziam azeites e cereais.

AGORA VAMOS REFLETIR! FICOU EM SÃO BRAZ ALGUM COMPORTAMENTO DESSES GRUPOS?