segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

HISTÓRICO DO POVOADO

SÃO BRAZ: do Engenho ao Povoado

Localidade pertencente à Santo Amaro, na Bahia, fica situado na região da Patativa, área de terra extensa onde se localizou alguns engenhos da região. Dizem os moradores mais antigos que este nome, do santo protetor da garganta, foi dado ao povoado, devido ter sido encontrado na maré sua imagem . Dizem mais, segundo alguns deles a imagem original foi levada para Roma, a que se encontra atualmente na localidade, existente desde a época da igreja secular que esta em ruínas, é semelhante ao de Nosso Senhor Santo Amaro, santo de devoção dos santo-amarenses e que dá nome à cidade.
Pelos registros documentais, sobretudo os que indicam hipoteca do Engenho, estima-se que essa localidade date do final do século XVII.
 Muitos de seus moradores, sobretudo os mais antigos, com mais de 80 anos que tiveram pais e avós nascidos também em São Braz, tinham dúvidas em relação a ele ter sido ou não um engenho, porém segundo Carlos Ott, em seu trabalho sobre mapeamento do recôncavo através dos engenhos,  fazendo referência a documentos de dívidas dos proprietários dele, em 1788, foi este "engenho corrente e moente" hipotecado com todas as suas fábricas e acessórios". Também há indícios, em documentos encontrados no arquivo do município de Santo Amaro de que a Baronesa do Rio Fundo morreu no século XIX, em seu engenho de São Braz.
Segundo dados do IBGE de 2010 confrontados aos levantamentos da Secretaria de Saúde do Município, existem atualmente na localidade cerca de 1085 moradores. Curioso mesmo é viver, mesmo que provisoriamente, em São Braz. Terra de gente muito acolhedora e hospitaleira é perceptível a força dos laços de parentesco que se perpetuam ao longo de muitos anos, a gagueira na fala, comum a muitos deles, o gosto pelo  marisco, pelo reggae e o sentido de irmandade entre as pessoas.

Essa forte relação entre as pessoas permite que exista no local um respeito aos mais velhos, a perpetuação de hábitos seculares ligados aos grupos de origem, a prática da pesca, da coleta, as trocas de produtos, o trabalho manual. Embora extintas na prática mas muito presentes no imaginário das pessoas São Braz foi palco de muitas manifestações culturais referentes a datas festivas como carnaval, dois de julho, e à lavagem, festejo que continua a acontecer na atualidade porém com algumas modificações como conta os que vivenciam a festa a muito tempo.

E se estamos falando de ancestralidades, temos que chamar a atenção para os traços culturais de seus possíveis grupos formadores ainda presentes na localidade. Sabemos que os formadores das cidades coloniais foram os índios, tidos como "donos da terra", os africanos e os europeus. Mas vocês já pararam para se perguntar quais índios,africanos e europeus? Será que eram todos uma coisa só? Será que herdamos alguma coisa deles? Vamos analisar algumas características deles para que possamos todos juntos responder.

GRUPOS INDÍGENAS

Estudiosos sobre Santo Amaro Como Zilda Paim e Tomaz Pedreira, falaram sobre os indígenas que existiam na região no período colonial, muitos mortos na guerra do "Peroaçu", comandada por Mem de Sá, terceiro Governador Geral do Brasil. Dessa forma foram, segundo eles, os Aimorés, Pitiguaras, Cariós e Caetés, os indígenas que em Santo Amaro viviam.  

CARACTERÍSTICAS

Quem aqui saberia dizer como cada um desses grupos se comportavam especificamente? - É para responder!

Sabemos que no geral os índios eram ou ainda são, caçadores, coletores, que pescavam, caçavam, realizavam derrubada  e queima das matas para o melhor plantio. Artesão, produziam ou produzem cestas de palha, redes de pesca, canoas, arco, flecha, peneiras. Tinham seu chefe religioso, o pajé, eram solidários uns com os outros e retiravam da natureza o necessário à sobrevivência. 

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AFRICANOS

Se falar de grupos indígenas é falar de muita gente, imagine africanos? Imaginaram? Pois é, a presença desses povos para escravização, em dado momento junto com os índios, posteriormente sozinhos,  foi muito forte e múltiplo, que temos que dedicar também longos anos de pesquisa para podermos afirmar com propriedade cada uma de suas características e percebê-las em nosso cotidiano. Parece difícil? Pode ser, mas não é impossível. Segundo estudiosos os africanos que estiveram em Santo Amaro faziam parte de diferentes grupos.

MALÊS

Eram povos praticantes da religião de Maomé, a religião do livro. Muitos deles tinham comportamentos bem pontuais.

Os Mandingas

Eram garimpeiros, astrônomos, ferreiros, plantavam amendoim, mandioca, arroz, milho e batata doce, musicistas construíam instrumentos musicais.

Os Fulanis ou Fulbe 

Eram povos que escravizavam também, para além disso eram pastoreios e comerciantes.

Os Haussas

Viviam em aldeias, tinham a crença em um único Deus, supremos e acreditavam na presença de muitos espíritos. Lidavam bem com os metais, fabricando facas, machados, flechas, lanças e outros utilizados na cozinha. Eram vaqueiros, barbeiros, cavaleiros, agricultores, veterinários, lavradores, caçadores, tecelões. Produziam bolsas, sapatos, almofadas.

Os Tapa

Eram povos agricultores.

OUTROS GRUPOS AFRICANOS
JEJES

Criaram irmandades no Recôncavo, além disso, cultuavam os ancestrais voduns.

NAGÔS

Foram responsáveis pelo culto aos orixás através da religião do candomblé, sua economia se baseava na caça e na pesca, falavam Yourubá e cultuavam o candomblé de egum.

MINAS

Eram tidos como povos rebeldes e trabalhavam na mineração.

BANTOS

Tão importantes quanto os demais grupos, foram eles que introduziram a capoeira e o samba na Bahia. Além disso eles também caçavam e pescavam, lidavam com a metalurgia.

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IBÉRICOS

Localizados na península ibérica,  esses povos também são parte de um contexto de mistura às quais temos características mais generalizantes. Presentes na península em um período de guerras por conquista e reconquista, estavam entre eles também, grupos africanos, romanos, germânicos. Eram eles:

CARTAGINESES, VISIGODOS, MOUROS E ROMANOS

Deles herdamos a prática de cultuar deuses em templos, as muralhas, a língua latina. Eram ferreiros, o arma de ferro era instrumento de poder. Dominavam as técnicas de construção civil, com construção de casas de tijolo cobertos com palha. Foi dos ibéricos que herdamos a prática de salgar os peixes e embutir alimentos. Foram eles que criaram a classe da nobreza. Também trouxeram as nozes, pêssegos, cerejas e romãs, produziam azeites e cereais.

AGORA VAMOS REFLETIR! FICOU EM SÃO BRAZ ALGUM COMPORTAMENTO DESSES GRUPOS? 






Um comentário:

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